Uma rápida crítica de “Mahoutsukai no Yome: Hoshi Matsu Hito”
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Texto escrito por: Rodrigo Lopes.
"Mahoutsukai
no Yome" é uma história que se trata em contar sobre uma menina de nome Hatori
Chise que já perdeu muito em sua vida, com poucas opções abertas a ela. Porém,
em seu momento mais difícil, aparece um mago diante de seus olhos, que lhe
oferece uma chance da qual ela não poderia recusar (ainda que tal mago tenha
uma aparência parecida com a de um demônio). Se tal chance deu a sua vida um
pouco de luz ou se a colocou em uma situação ainda pior, disso não sabemos. Ele
está sendo transmitido ainda, e até a data da postagem dessa análise, passaram seis
episódios até agora. Porém, um mês antes, foi concluído um prequel de 3
episódios, denominado “Hoshi Matsu Hito”, feito para contar o passado da
personagem principal antes dos eventos que levam ao anime, além de ter servido
como forma de chamar a atenção de quem não conhece o mangá. Será que o estúdio
conseguiu essa façanha? Se tratando de um especial tão curto, essa será uma
rápida crítica (sem spoilers, pode ficar tranquilo).
Hoshi Matsu Hito
começa de uma maneira genérica, não aparentando ser diferente do que você já
está acostumado a ver nos animes. Até mesmo o começo do passado de Chise é um
clichê que já vimos muitas vezes mesmo fora da cultura japonesa. Apesar disso,
não acredito que o conceito seja o mais importante em uma história (apesar de
ser importante para chamar atenção imediata), e sim a forma como se desenvolve.
Pois bem, nesse quesito, o passado da protagonista é contado de uma maneira
bonita e que envolve, fazendo com que o espectador se importe com o que
acontece, apesar desse sentimento só começar a se lapidar a partir do segundo
episódio. Temos Hatori Chise, uma menina que perdeu tudo de uma maneira cruel e
que passa por situações complicadas em sua relação com as pessoas, devido a
visões das quais não sabe se é real, em um caminho difícil e injusto. Junto
dela, outro bom personagem presente é o Riichi Miura, um homem que gera uma
sensação de desconfiança e insegurança quanto suas intenções a primeira vista,
mas que rapidamente nos faz criar uma empatia, mesmo com seu passado sendo um
mistério. A união entre esses dois personagens geram bons momentos e são o
destaque desse prequel. É verdade que a relação entre eles acontece de forma
muito rápida, mas não chega a incomodar tanto.
Uma coisa que
pode incomodar alguns é que não acontece muita coisa nesse prequel, além de
deixar (propositalmente) questões referentes ao dias atuais da protagonista,
com a clara intenção de te deixar com vontade de ver a continuação. Isso é
descaradamente óbvio, e esse tipo de coisa pode fazer com que algumas pessoas
queiram pular esses três episódios. Pessoalmente, não me senti enganado ou com
a sensação que perdi tempo, já que conseguiu cumprir sua proposta de apresentar
uma parte da história da personagem e me deixar curioso para ver mais. E mesmo
assim, é cedo afirmar que não acrescenta nada a história, pois certos detalhes
podem ser usados pra futuro desenvolvimento da protagonista. Veremos.
Pra finalizar, a
parte técnica é competente, apesar de longe de perfeita. A direção de arte é
bonita, e as expressões faciais, embora não tão impressionantes quando a câmera
se afasta, geram momentos muito belos quando se aproximam do rosto dos
personagens. Os cenários também são bem coloridos e bem feitos, mas, ainda que
bonitos, não apresentam muita originalidade e seu estilo já foi usado muitas
vezes. Mas é bem agradável aos olhos. Já a trilha sonora passa despercebida na
maior parte das vezes. Não é ruim, mas depende muito da cena para passar
qualquer sentimento mais profundo, e não se sustenta sozinha. Falar da dublagem
nem é necessário, porque os japoneses são muito bons dubladores, e costumam
sempre fazer um trabalho ao menos decente, e aqui não é diferente. Em suma, é
um bom prequel e pode ser uma boa experiência preparatória para aqueles que
pretendem assistir ao anime (esse do qual pretendo fazer as primeiras impressões).
Conclusão: Ruim Mediano Bom Muito bom Excelente
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