Crítica do filme “Kuroshitsuji: Book of the Atlantic”

As imagens foram retiradas do site http://www.ifuun.com/a20176173068950/, http://www.animationmagazine.net/features/funimation-opens-advance-tix-for-black-butler-us-release/, outra é um print do próprio filme. Kuroshitsuji (http://www.kuroshitsuji.tv/) é uma obra japonesa, desenhada e escrita por Yana Toboso. Os direitos do anime são da GFantasy (http://www.square-enix.co.jp/magazine/gfantasy/ ), e o Book of the Atlantic foi produzido pela A-1 Pictures (http://a1p.jp/).  Apenas o texto é de nossa autoria!

Texto por: Luiza Lopes



ATENÇÃO! No início do texto vai haver uma crítica sem spoilers, mas como é difícil expressar o meu ponto de vista sem contar certos acontecimentos como exemplo, a segunda parte terá. Vai ter também um segundo aviso, quando chegar, pode ler o início sem preocupações se você não assistiu! ;)
 ATENÇÃO²! O ideal é que você já tenha assistido a primeira temporada de Kuroshitsuji, se não você não vai entender. Se não assistiu os outros books ou a segunda temporada, também pode ficar tranquilo.

      Há muito a dizer sobre a série que Kuroshitsuji tem se tornado. É triste ver um anime começar a se ramificar, ainda mais quando você tem uma opinião positiva a respeito dele, e imaginei que esse seria meu caso com a obra de Yana Toboso. Mas... Apesar da segunda temporada ter me deixado de coração partido (por não ser tão boa quanto a primeira), eu realmente me surpreendi com os “books” que têm sido lançados ao público.

       A primeira temporada de Kuroshitsuji tinha chegado ao fim, mas, por motivos monetários, foi realizada uma segunda. Foi boa, e foi uma saída bem inteligente para não magoar nenhum fã, mas não seguiu a rota original prevista no mangá – que ainda não terminou. Por esse motivo, estão sendo produzidos books, que são OVA’s, filmes e especiais para completar a história do mangá, para agradar não apenas o fãs mais puristas, como também todo o público. Com uma qualidade gráfica impressionante (como quase sempre é quando tem o dedo da Square Enix no meio), dublagem e trilha sonora ótimas, é difícil criticar a qualidade. Acho que a única coisa que me incomodou um pouquinho foi o CG misturado com o desenho em algumas partes – principalmente quando aparecia um número grande de pessoas. Ele foi bem feito até, mas não pareceu muito natural.


      A história que acontece com nossos protagonistas, Ciel e Sebastian, é a de que eles irão à um cruzeiro investigar um caso. Lá, eles encontram alguns problemas, Ciel entra em perigo mas o Sebastian resolve. No final, eles resolvem o caso. É mais ou menos o mesmo plot sempre, em todas as histórias desse anime, correto? Sim. Mas o que faz ser tão impressionante e criativo é que ela usa esse mesmo plot de sempre (que parece chato no início), mas que sempre termina majestosamente! Às vezes até mesmo estimulando um pensamento filosófico, daquilo que é certo e errado. E convenhamos, ver o mundo do ponto de vista de demônios e shinigamis é muito animador e assustador ao mesmo tempo.

      Esse é o ponto forte da história do Kuroshitsuji, e o Book of the Atlantic não foi a exceção da regra. Eu só não dou 10 para o filme por que o inimigo que eles lutaram contra é cliché e o início da história foi chato. Não foi ruim, não me entendam mal, mas quando a gente chega no final não tem mais vontade de largar, diferente do começo - que dá vontade de ir no banheiro toda hora (risos).

      O final te pega de surpresa, mesmo com o plot costumeiro da Yana Toboso, e as cenas de luta nãos são monótonas, sempre tendo muito movimento. Tivemos a oportunidade também, de descobrir um pouco mais de personagens que estavam deixados de lado, ou que não haviam sido muito explorados durante as outras produções, e isso me fez gostar até mais de umas pessoinhas aí. A presença de certos alívios cômicos também suavizou o clima em pontos chave e um em especial, em um momento pesou a tensão. Vale demais a pena em assistir e eu recomendo. A nota final é 9.


ALERTA DE SPOILER! Se você ainda não assistiu o filme, não leia essa segunda parte do texto. Até mesmo as imagens terão spoilers!!


      Pimeiramente, precisamos falar sobre Elizabeth Ethel Cordelia Midford. Na verdade, acho até mesmo que deveria ser muito necessário sublinharmos o nome Midford, por que eu nunca havia prestado atenção e agora ele não sai mais da minha cabeça. Caramba! Impressionantemente ela foi a maior surpresa que eu tive do filme. Alguém esperava isso dela? A habilidade com as espadas, a força física e mental dela... Acho que o único ponto da personalidade dela que ainda me irrita é que ela acha que deve ser como o estereótipo feminino exige: meiga, delicada e frágil. Fofa e sensível. Sinceramente? Acho que todos preferem a parte que ela tanto tenta esconder, até mesmo o próprio Ciel.



      Mas não foi apenas ela que trouxe novidades. Algo que sempre me deixou curiosa foi como era a relação de Sebastian e Ciel no início de seu relacionamento, sendo que um é demônio e o outro é uma criança nobre. O filme pôde tirar nossas dúvidas, e mostrou como nosso querido e perfeito mordomo era péssimo até aprender a lidar com uma “criança mimada”, como ele mesmo disse.E mais uma vez é divertido ver como os dois se tratam.

       Nessa parte com spoilers, eu também gostaria de citar um outro ponto que me fez não dar 10 para o filme, mas que também é culpa do anime: o Undertaker ser um shinigami. No anime já ficamos sabendo disso, mas no filme foi tratado como se não soubéssemos desse fato. O próprio Sebastian não sabia disso! Não é estranho que, embora Grell, Sebastian e Ronald sejam criaturas ligadas ao submundo e que tenham a habilidade de perceber a presença de outros seres que também são ligados, eles nunca perceberam algo de errado com o funerário? Algo foi mal contado nessa história.



      Mas o bom é que seus defeitos como narrativa não atrapalharam a trama, embora incomodem, e ainda vale cada minutinho assistido.

Conclusão:       Ruim      Mediano      Bom      Muito bom      Excelente


Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Pra mim o problema todo é que a obra começou a ser animada muito cedo, tanto que a primeira temporada tenta passar um final fechado e a segunda é toda original.
    Com a terceira temporada tentaram recomeçar as coisas e pra mim funcionou, pois eu leio o mangá e eu comecei a assistir os animes de kuroshitsuji pela terceira temporada. Mas para quem vê só o anime, isso tudo deve ser uma grande bagunça.
    Apesar do CG incomodar um pouquinho, eu gostei muito desse filme, é a adaptação de um arco que eu amo muito e foi bem divertido de ver.

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    Respostas
    1. O fato de terem feito um final pra primeira temporada incomodou muitos fãs... Não sei dizer se foi um erro deles, embora eu ache que não foi a melhor opção! O mangá tem uma história ótima, mas a pressa é inimiga de outras obras além de Kuroshitsuji. Concordo com você.
      Eu também gostei bastante do filme! Me prendeu muito bem da metade pro final, não queria parar. Muito obrigada pelo seu comentário, Amanda!

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