Uma volta ao passado dos games (jogos de 5 anos ou mais): Prince of Persia Trilogy

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Todos os direitos pertencem a Ubisoft (https://www.ubisoft.com/pt-BR/).

Texto escrito por: Rodrigo Lopes.


      Muito antes de Assassin’s Creed, a Ubisoft já era famosa por uma outra série de sucesso e que já não vê a luz de um novo jogo há muito tempo: Prince of Persia. Sendo uma das séries de games de minha infância, POP era uma mistura de aventura, ação e plataforma, com alguns quebras cabeças, e eu achava incrível. Aqui, estou falando do remake da série, que começou com The Sands of Time. Eu me divertia não importava o momento, ainda que eu não entendesse inglês na época e não pudesse aproveitar a história (além da dificuldade em resolver alguns quebras cabeças, algo que hoje tenho, obviamente, mais facilidade). Eu ganhei o jogo pouco depois que foi lançado, estava atrás de jogos para PS2 (novidade pra mim), e até ganhei uma revista com um detonado junto (e mesmo assim ainda tinha dificuldade em saber o que fazer... Infância, não pensava muito nessa boa época). Depois, fiquei sabendo da continuação, intitulada Warrior Within, e era bem diferente, no que se refere a tom. Tinha sangue e uma trilha sonora cheia de heavy metal... Eu adorei. Ok, eu ainda não entendia nada da língua, e precisei de um detonado e ajuda de alguém pra passar de algumas fases. Mas, no terceiro jogo da trilogia (Two Thrones), já estava começando a pensar mais, e me sai melhor (ainda que, novamente, com ajuda de um detonado). Enfim, anos depois, decidi jogar novamente os três jogos, já com um bom conhecimento sobre o inglês. Joguei, depois joguei novamente as versões remasterizadas (duas vezes). Entendendo a história e seus acontecimentos, pude aproveitar de maneira melhor. Não dá pra negar que é um clássico. E, como os melhores jogos, nos causam uma sensação nostálgica, então vamos relembrar a série do PS2. Bom comentar que O TEXTO ABAIXO VAI CONTER ALGUNS SPOILERS DOS TRÊS JOGOS, ENTÃO, SE NÃO JOGOU, VÁ JOGAR QUE VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ PERDENDO.

The Sands of Time


      Começando The Sands of Time, a história é contada pelo protagonista, e desde o começo já demonstra seu tom de aventura e fantasia. Não é uma introdução enrolada, e em pouco tempo já estamos lutando contra criaturas de areia e iniciando realmente a jornada, ao lado de Farah. O ritmo é incrível, e conta com ótimos personagens. O fato do próprio principe contar sua história já faz com que criemos uma conexão imediata, essa que fica ainda mais forte ao descobrir todo o desenrolar dela e ver que na verdade ele estava contando tudo isso justamente para a pessoa que esteve ao seu lado o tempo todo (ainda que por motivos egoístas), mas que não se lembra devido a sua morte antes do príncipe voltar no tempo. É um ótimo game mesmo nos dias de hoje. Obviamente, ele envelheceu (ainda que bem) e seus defeitos são menos aceitáveis hoje em dia. Problemas como sua curta duração e alguns momentos em que os controles atrapalham incomodam um pouco mais do que na época. Ainda assim, sua fantástica história e personagens carismáticos por si só já fazem a experiência digna de repeteco, além de ser muito divertido. Seu visual já é antigo, mas ainda tem sua beleza, e sua trilha sonora é excelente.

Warrior Within


      Já Warrior Within é simplesmente meu jogo favorito da série. Ele causou muita polêmica na data de lançamento por suas drásticas mudanças em relação ao seu antecessor, mas não creio que isso deva ser levado como algo ruim. Tentaram algo diferente, então devemos analisar se acertaram em sua proposta. Até porque, ele tem a alma de um POP, então eu não vejo razão pra todas as críticas que recebeu. Ele tem sangue, uma história mais madura e músicas heavy metal, mas sua jogabilidade é quase que a mesma, com poucas mudanças no que se refere às lutas (já que as explorações continuam iguaizinhas). Sim, o príncipe está diferente, mas isso é um sinal de desenvolvimento do personagem, já que acharia muito irrealista ele não mudar nada mesmo depois de tudo que passou. E os outros personagens, ainda que mais sombrios, são muito bons: Dahaka impõe medo e perigo, e Kaileena tem motivações plausíveis e é facil compreende-la. Sua história é muito empolgante e com bastantes reviravoltas, além de compensar aquele que cumpre todos os desafios com um final secreto. Além de ter, pessoalmente falando, as melhores batalhas contra chefes da série (Kaileena e Dahaka).

The Two Thrones


      E The Two Thrones é o jogo que encerra a trilogia, em grande estilo, diga-se de passagem. Ele tem uma mistura de tudo que deu certo nos jogos passados, com músicas e um tom geral que lembra TSOT, mas com aspectos maduros que remetem a WW. Em questão de jogabilidade, é praticamente a mesma coisa, mas com alguns acréscimos que divertem bem. Uma novidade que deu um pouco mais de variedade foi poder jogar com o Dark Prince. Os cenários são todos montados para o jogador fazer uso de suas habilidades exclusivas, como poder usar uma corrente para avançar pelos cenários. Pessoalmente, o que mais gostei nisso foi que você perde energia com o passar do tempo, e só consegue um pouco de HP ao matar inimigos ou destruir vazos e objetos que contenham areia. Isso dá uma pressão a mais (ainda mais em momentos finais, no qual você passa minutos sem ver um inimigo sequer, além de poucos objetos quebravéis), apesar de ser um jogo relativamente fácil. Além disso, o fato de finalmente ter a chance de matar Vizier de uma vez por todas já faz valer a pena (ainda mais depois dele ter matado Kaillena e ter sido o principal responsável pelo nascimento do lado sombrio do protagonista). E ver o Principe finalmente ficando com a Farah também traz um sentimento de alegria. Em suma, mais outro grande jogo da série.


     Em resumo, é uma grande série, e sempre lembrarei com muito carinho. Mesmo que eu não tenha achado Prince of Persia (me refiro ao primeiro jogo da série para PS3) tão bom quanto os outros, e mesmo com a história esquecível de The Forgotten Sands, eu gostaria de ver um renascimento pra franquia. Poderia até ser um remake que eu compraria. Mas, mesmo que não venha, ainda assim podemos desfrutar os jogos antigos e ver o quão bem envelheceram. A média que darei pra trilogia (todos os jogos receberam a mesma conclusão) tem bastante do meu lado emocional, mas também ao fato de serem excelentes mesmo nos dias de hoje. Que série fantástica!

Conclusão: Ruim      Mediano         Bom    Muito bom     Excelente

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