Crítica de “Darksiders: Warmastered Edition”

As imagens são do site: https://wall.alphacoders.com/..
Todos os direitos pertencem a Vigil Games (http://www.vigilgames.com/) e a THQ Nordic (https://www.thqnordic.com/).
Texto escrito por: Rodrigo Lopes.


      Darksiders não é um jogo recente. Foi lançado em 2010, e não recebeu toda a repercussão que poderia, talvez por ter sido lançado próximo de outro jogo de peso, Bayonetta. Ele e Dante's Inferno ficaram a sombra do jogo da bruxa, apesar de ambos serem bons jogos. Mas hoje estou aqui para falar de Darksiders, talvez algum dia eu fale sobre a jornada de Dante ao inferno. Mas Darksiders é um jogo muito diferente de Bayonetta, então não é justo comparar. Eu sempre tive vontade de jogar, mas não surgia a oportunidade pra isso. Na época, optei por comprar o jogo de Hideki Kamiya, e acabei por deixar esse de lado, ainda mais com tantos lançamentos que vieram depois. Só tive a chance de jogar quando, bem recentemente, vale dizer, surgiu uma promoção na PSN, e o jogo estava lá (a versão remasterizada para PS4). Comprei junto sua sequência, que em breve jogarei e falarei sobre. E com o terceiro game da franquia vindo ai, nada melhor a fazer do que aproveitar os seus anteriores pela primeira vez. Estou um pouco atrasado, mas pra quem não teve a chance de jogar, mas deseja por isso, confira abaixo minha análise sobre.


      Darksiders é um bom jogo, vamos deixar isso claro. É só que ele tinha potencial pra ser excelente. Mas não vamos falar de seus pontos negativos tão cedo. Em vez disso, vamos começar falando sobre seus acertos. Acima de tudo, ele é um jogo muito divertido, com apenas algumas quedas de ritmo. O fator que traz toda essa diversão é a ótima mistura entre ação e quebra-cabeças. O seu sistema de batalha é muito bom, e a maior parte dos inimigos que você enfrenta exige um nível de atenção e cuidado (e você pode finalizar com eles de maneira bem brutal, diga-se de passagem), ainda que o jogo seja, no geral, fácil. O game sabe bem aproveitar o que te oferece, e, ao longo da jornada, você precisará usar todo tipo de equipamento para avançar pelos cenários. Nenhum dos itens recebidos é inútil, e mesmo suas armas tem funcionalidades e comandos diferentes entre si, o que acrescenta um leque de possibilidades e estratégias nas batalhas. E os cenários vão demandar observação e atenção para serem passados, fazendo o jogador usar sua inteligência a todo momento. Todo novo local que você visita tem uma batalha contra chefe no final, mas chegar até lá requer tempo e um pouco de paciência, mas raramente se torna enjoativo (ainda que você passe mais tempo do que deveria em algumas dessas localidades), além de dar uma sensação de vitória ao ser concluída. Com isso, visitar cada nova área se torna um prazer.

      Outra coisa que pode instigar um pouco a vontade de explorar são os colecionáveis. Nem todos estão bem escondidos, e vários deles serão achados naturalmente enquanto progride na trama, mas alguns deles vão requerer que você volte à determinados cenários mais tarde, pois precisam de equipamentos específicos para serem alcançados. Por outro lado, é uma pena que eles não tenham uma funcionalidade realmente útil para depois do término do game. Você vai precisar deles para aumentar sua barra de energia e fúria, ou para conseguir algumas almas a mais, mas não ganhará nem um extra para depois. E como não existe New Game+, isso acaba se tornando inútil depois de um tempo, infelizmente.


      Outro problema é a história, ou melhor, o mal aproveitamento dela. A princípio, a idéia empolga, e poder controlar um dos Quatros Cavaleiros do Apocalipse parece ser surpreendente. Mas rapidamente essa empolgação vai por água abaixo, com vários diálogos mal feitos e informações importantes sendo jogadas de qualquer jeito, sem um cuidado de fazer o espectador compreender ou mesmo se envolver. Com o passar do tempo, você deixa de se importar com o que acontece, e isso é um sério problema. Se não fosse por suas divertidas mecânicas, não daria a menor vontade de continuar, ainda mais com um jogo que se acha sério, mas tem diálogos toscos como aqueles. Outra coisa decepcionante são as batalhas contra chefes. Como mencionei no começo, você deve passar por todo um gigantesco cenário cheio de quebra-cabeças e desafios. Você acaba ficando na expectativa, mas tudo que recebe são batalhas confusas que tentam aproveitar todos seus equipamentos de uma vez, mas não consegue, com sua câmera atrapalhando, já que se tratam de inimigos tão grandes. Mas frustra mais do que empolga (nem mesmo a batalha final se salva, não conseguindo dar ao jogador o confronto épico que merecia).

      Além disso, visualmente ele não impressiona. Sei que o jogo já é antigo, mas isso não é desculpa, já que temos tantos jogos ainda mais antigos que são bonitos mesmo nos dias de hoje. Ele tem um bom design de personagens (apesar dos cenários serem o esperado de um jogo apocalíptico), mas não é tecnicamente realmente bom.


      Apesar de seus problemas e seu potencial desperdiçado, ainda é um bom jogo. Não tem profundidade, mas diverte, seja quando você estiver andando a cavalo, voando em cima de uma criatura, ou aniquilando dezenas de criaturas. Mas valeu a pena esperar por uma promoção.

Conclusão: Ruim      Mediano         Bom    Muito bom     Excelente

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Análise de personagens: Gon Freecss/Killua Zoldyck (Hunter x Hunter)

OFF TOPIC: "Killing Stalking" by Koogi (manhwa) - Análise dos três personagens principais

Crítica do filme “Kuroshitsuji: Book of the Atlantic”