Afinal, qual o apelo de Boku No Hero Academia? (Uma rápida crítica da primeira temporada)
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Texto escrito por: Rodrigo Lopes.
Boku No Hero é
uma série de sucesso, que conta sobre um mundo que se transformou em uma
sociedade sobre-humana, onde quase 80% das pessoas tinham algum poder, alguma
peculiaridade. Somos apresentados a Midoriya, um garoto sem peculiaridades que
deseja se tornar um herói igual seu ídolo, All Might. Um dia, ele tem a chance
de conseguir isso, conseguindo poderes passados pra ele, para então entrar na UA
High, uma escola onde aprenderia o que é ser um herói. Terminada há pouco tempo
sua segunda temporada, e já anunciada uma terceira, a série se encontra em seu
auge no que se refere à fama, e já tem um bom número de fãs e seguidores. Sua
repercussão me chamou a atenção, e com o avanço dos capítulos da segunda
temporada e com comentários positivos que vinha ouvido, decidi dar uma chance
ao anime. Terminei a primeira temporada faz pouco menos de uma semana atrás, e
já me preparo pra ver a continuação. Isso, porém, não significa que eu tenha
adorado. Mas também não odiei. Achei na média. Muito infantil e bobo. Calma,
lembre-se que se trata apenas de minha opinião, e o que vou comentar abaixo não
é com intuito de menosprezar a série ou seus fãs. Na verdade, consigo
compreender o motivo de seu sucesso, e admiro muita coisa da obra.
A descrição
sobre a história no começo do texto não se trata de uma versão simplificada ou
resumida, e sim praticamente tudo que tem para se mostrar. É uma história bem
simples, verdade, mas isso não significa que é ruim. Uma obra não precisa ser
complexa para ser boa. Ao não abordar temas filosóficos ou que te fazem pensar
(ou mesmo acontecimentos impactantes), Boku No Hero consegue entreter de
maneira descompromissada. Ele não é marcante, mas não é esquecível. E isso,
acredito, é parte do que faz a série ser famosa.
Normalmente, as
pessoas estão muito estressadas com a série de problemas que tem que lidar,
como trabalho, estudo, contas, problemas mais pessoais, e por ai vai. Quando
tem um tempo livre, a maioria gosta de descansar um pouco assistindo algo mais
descompromissado, que divirta e alivie o estresse do dia a dia. Muitos gostam
de obras que fazem questionamentos profundos e complexos, mas muitos outros não
querem saber mais da realidade da vida. Elas querem ser transportas para um
mundo fora da realidade, e é exatamente por isso que obras como essa fazem
tanto sucesso. Basta olhar para os filmes da Marvel ou DC: eles costumam ser
divertidos, com um ritmo rápido e, ainda que deixem em aberto questões
políticas e sobre o ser humano, não vão a fundo nisso. O principal objetivo é
entreter, então isso chama a atenção. É claro que existam suas exceções (como O
Cavaleiro das Trevas e Logan, dois dos melhores filmes de super-heróis que já
vi), mas a maioria costuma ir para um caminho mais seguro. Boku No Hero é
assim. Ele tem um protagonista com características típicas do gênero:
determinado, corajoso e diferente dos outros, que vai sempre seguir seus
sonhos. Ele também transmite mensagens positivas e que te façam ficar otimista.
Isso faz com que as pessoas se esqueçam da realidade e que tenham, mesmo que
por um curto tempo, esperança.
Uma coisa que
gostei é que é uma obra que assume seu espírito, sabe o que é e o que quer. Não
existem pretensões de grandeza, mas não é pra existir. Ele não tenta ser uma
coisa que não é, e essa sinceridade cativa. Por outro lado, se você vai ou não
gostar disso, varia muito de pessoa pra pessoa. Pessoalmente, me diverti em
alguns momentos, mas em outros achei chato. Mas isso não é um defeito do anime,
é apenas uma opinião pessoal. A média que darei no final não significa que o
anime seja aquilo, fui eu que não me envolvi tanto. Em uma análise, um crítico sempre coloca uma
parte do seu lado pessoal no texto, mas ele também deve analisar a obra pelo o
que ela representa. Portanto, mesmo que eu não tenha gostado tanto assim,
reconheço seu valor.
Antes de
terminarmos, tenho que dizer que, outra coisa que gostei, sua trilha sonora é
muito bem feita, e combina perfeitamente com o tom proposto pelo enredo. A
parte técnica, no geral, é bem feita, mesma que eu não seja um grande fã desse
estilo artístico infantilizado.
Conclusão: Ruim Mediano Bom Muito bom Excelente
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