O que estamos assistindo? Primeiras impressões de “Isekai Shokudou”, “Hitorijime My Hero” e “Death Parade”
As imagens de “Isekai Shokudou” são
do site http://isekai-shokudo.com/. Todos
os direitos dessas pertencem a Silver Link (http://www.silverlink.co.jp/). As imagens de “Hitorijime My Hero” são do site
http://www.shaolanxd.com/2016/07/le-manga-bl-hitorijime-my-hero-de.html.
Todos os direitos dessa pertencem a Encourage Films (http://www.encouragefilms.com/). As
imagens de “Death Parade” são do site https://wall.alphacoders.com/. Todos os direitos dessas pertencem a Madhouse
(http://www.madhouse.co.jp/).
Texto escrito por: Rodrigo Lopes e
Luiza Lopes.
Isekai Shokudou –
Por: Rodrigo Lopes
Nos dias de
saturno, um restaurante com uma porta mágica que distorce o tempo e espaço cria
outras portas para outros mundos, cada um com diferentes seres e com histórias
únicas. Cada ser desses seres desses mundos, em seus momentos de desespero, se
vêem em situações no qual precisam renovar suas energias e ganhar esperança pra
continuar através da comida desse restaurante histórico. Conhecido pela sua
placa com a imagem de um gato, o Restaurante Ocidental Nekoya consegue agradar
todos os seus clientes de raças e culturas diferentes.
Vou ser bem
sincero: esse é o primeiro anime sobre comida que vejo, então eu não sabia bem
o que esperar... Quer dizer, eu esperava que a comida fosse seu foque
principal, mas não deixava de ser uma experiência nova e diferente. E,
continuando com a sinceridade, eu gostei. Eu não imaginei que iria achar isso,
mas tem alguma coisa naquelas comidas por si só que tornam o anime divertido de
acompanhar. E como é gostoso. Suas comidas são um espetáculo visual, é pra
fazer você sonhar. Bom, talvez seja uma sensação comum em animes do gênero, mas
como se trata do primeiro que vejo, então é algo novo pra mim. E elas retratam
bem a sensação de nossas vidas: experimentar a mesma comida depois de tantos
anos te remete ao passado, ao lugar e situação onde você provou o prato pela
primeira vez; Quando você come algo que gosta muito, por um momento, você se
esquece dos pensamentos ruins e se concentra no sabor que sente em sua boca;
experimentar algo novo, e gostar, é uma sensação ótima e prazerosa, e por aí
vai. Tudo isso torna o ritmo bom e gostoso de acompanhar.
Apesar disso,
tem duas coisas que me incomodaram nesses três episódios que vi. Primeiro, o
visual, apesar de ter cenários bonitos e as comidas darem água na boca, peca em
alguns quesitos. As expressões faciais dos personagens não são tão bem feitas,
e a sincronização labial atrapalha às vezes, sem contar a transição brusca
entre os movimentos, que não tem fluidez. Segundo, e mais preocupante, ele é
repetitivo. Todos os novos clientes têm a mesma reação ao comer no restaurante
pela primeira vez, sempre acompanhado de uma explicação sobre o porquê dos
pratos serem tão bons. Todos estão em um momento de desespero antes da porta
magicamente aparecer em sua frente, situações essas que coincidentemente sempre
acontecem no sábado. Sei que é um anime sobre comida, mas ele pode enjoar com o
tempo. Até o momento, não chegou a ser algo irritante, mas pode se tornar,
conforme os episódios passarem.
Olha, eu fiquei
surpreso, e realmente gostei do anime. Não esperava que fosse me divertir só de
ver comidas tão deliciosas. Só que a sensação ao ver a segunda metade do
episódio dois já não foi a mesma do primeiro e a metade do mesmo, e isso se
deve ao fato de ser praticamente a mesma coisa entre um e outro, com poucas
diferenças. Ainda não se sabe a quantidade de episódios que o anime terá, mas
se continuar com isso por muito mais tempo, temo que possa ficar entediante, a
não ser que alguma coisa diferente aconteça, sem perder essa essência tão
gostosa. Mesmo assim, é um bom anime pra relaxar, e é recomendado ver em
pequenas doses.
Hitorijime My Hero –
Por: Luiza Lopes
Esse é um anime que
tem feito muito sucesso entre as fujoishis e fundanshis nas últimas semanas.
Por enquanto, ele conta com 9 episódios e é o primeiro shonen ai lançado depois
de Super Lovers 2 (meu pequeno e errado prazer), que foi lançado em janeiro.
Hitorijime my Hero tem um plot até que interessante, embora um pouco cliché, e
o relacionamento abusivo entre o primeiro casal apresentado me incomoda um
pouco, ainda mais por não ser mostrado como algo ruim.
No mangá, os dois
casais da série são divididos por Hitorijime Boyfriend, com Kensuke e Hasekura,
e Hitorijime my Hero, com Kousuke e Setagawa. Bom, isso não é um spoiler, pois
é perceptível logo no primeiro episódio quem gosta de quem aqui. Infelizmente,
esse não é um shonen ai revolucionário que fez mudanças no modo de ver o mundo
do BL, que mostra como certos relacionamentos são ruins, ciúme excessivo, que
faz o casal mais “shippável” da roda ficar separado para desespero de quem
assiste... Mas é gostoso de ver. Como qualquer outro yaoi é, mesmo com sua
obviedade.
Talvez eu esteja
sendo muito exigente. O anime é bom sim, e eu tive meus momentos de dor e
sofrimento enquanto assistia, faz sentido ele ter o rebuliço que tem tido. A
arte é bonita e fluída, a abertura é legal e tem uma música movimentada, o
encerramento em especial tem uma música bem bonita, no piano, que é cantada pelos
próprios dubladores dos quatro personagens principais.
Outro ponto que me
agradou foi não ver as mãos gigantes de alguns personagens de shonen ai que
estamos acostumados a ver – como em Junjou Romantica ou Sekaiichi Hatsukoi. Ou
Kirepapa. Ou Okane ga nai (Kanou em relação à Ayase). Enfim. Sei que é injusto
comparar a arte de anime mais antigos com animes mais novos, mas quem gosta de
ver shonen ai sabe como costuma ser desproporcional. Enfim, admito que estou
ansiosa para ver como Hitorijime my hero vai terminar. Gostaria de ver isso em
vídeo, antes de terminar de ler o mangá – o qual eu com certeza terminarei de
conferir quando o anime acabar.
Death Parade – Por:
Luiza Lopes
Death Parade parece
ser o tipo de anime que vai me fazer chorar no final. O modo japonês de falar
sobre o além-túmulo, quase sempre faz qualquer adulto chorar no final como uma
criancinha. Eu já tive muito vontade de chorar no terceiro episódio, imagina
quando toda essa história chegar ao final. Não se preocupe, não vou contar
spoilers. O plot da série é sobre não haver um céu ou inferno depois da morte,
mas sim, apenas um bar que fica entre a reencarnação e o limbo. Na mitologia
grega, o limbo era o local aonde as almas perdiam sua capacidade cognitiva e da
lembrança. Como foi falado no anime, é como viajar na escuridão e no vazio
durante toda a eternidade.
Como você deve ter
percebido, esse é o tipo de anime que faz uma teoria sobre “o que há depois da
morte?”. Bom, exatamente até agora, no episódio 3, não houve uma explicação
muito lógica sobre por que um bar e jogos julgariam meu caminho depois da
morte, e eu não sei se haverá uma explicação tão detalhada e filosófica como
essa durante a série. Tenho um pouco de medo de subir minhas expectativas e me
decepcionar no final.
Quero saber também
por que a baixinha de cabelo platinado e tranças parece mandar em tudo ali. Ela
parece ter um papel bem importante no geral da história. Autoritária, exigente
e bem-humorada (ao menos ela parece ser bem-humorada) parecem ser os adjetivos
que mais a descrevem. Ela também parece ser um ser (zumbi,
meio-vivo/meio-morto, pessoa) muito experiente e inteligente. Até agora, Nona
tem sido a personagem que mais chamou minha atenção. O fato que ela é uma das personagens principais me anima mais.
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