Crítica do filme “Kuroko no Basket – Last Game”

As imagens foram retiradas dos sites http://kurokonobasuke.wikia.com/wiki/Kuroko_no_Basuke_Wiki, https://www.thebitbag.com/kuroko-no-basket-season-4-renewed-cancelled-last-game-movie-arrive-spring/202418, https://ptanime.com/kuroko-no-basket-last-game-revela-segundo-trailer-filme/ e http://www.fanpop.com/clubs/kuroko-no-basuke/images/34856357/title/no-photo. A história de Kuroko no Basket pertence ao seu autor, Tadatoshi Fujimaki, e o estúdio responsável por produzir o anime foi Production I.G. (http://www.productionig.com/). Apenas o texto é de nossa propriedade intelectual.

Texto por: Luiza Lopes.

O texto a seguir tem spoilers (pequenos) do anime e outros (pesados) do filme. Não leia se não assistiu. Vale a pena se você gosta da série.


      Dia 18 de março foi lançado um filme de um dos meus animes favoritos. Kuroko no Basket – Last Game é uma continuação um ano mais tarde do tempo do anime, quando os senpais do terceiro ano já se formaram e nossos protagonistas da Geração dos Milagres chegaram ao segundo ano do ensino médio, com 17 anos. A ideia do filme não era trazer nostalgia para os fãs da série, mas sim, animar com relembranças dos personagens e seus poderes. Cada um deles teve um tempo de tela considerável, e a luz mudava de foco toda hora. Como eles não eram mais os caras arrogantes de um ano atrás, o compartilhamento desse foco faz muito sentido e ainda remete à personalidade nova deles. O único que não brilhou muito foi o Kagami... Bom, ele teve muita relevância no anime (chego até mesmo a achar que deveria se chamar Kagami no Basket/Kuroko no kimochi*), então não me incomoda tanto não ter tido muita atenção para ele. Já para quem via ele como o personagem favorito... Talvez não tenha ficado muito satisfeito.

*Kimochi significa sentimento em japonês.

      Os primeiros 30 minutos me decepcionaram um pouco. Foi emocionante ver todos se juntando, foi nostálgico ver a Kiseki no Sedai jogando de novo (depois de tanto tempo que eu não via o anime, mesmo essa não sendo a intenção do filme eu senti isso), ver aquela raiva estampada nos rostos dele depois que o Jaberwock humilharam os Strky... Mas a execução não foi perfeita como a da série era. O anime era pra chorar de emoção de tão bom, mas o começo do filme não foi exatamente assim. Veja bem, os acontecimentos foram muito rápidos. Se houvesse uns 30 minutos a mais de tela provavelmente teria sido perfeito. Iria ser um filme mais longo, com duas horas, mas teria sido o melhor caminho para esse começo apressado.

      Mas, para minha felicidade, a partir dos 40 minutos eu comecei a ficar muito empolgada (principalmente quando o Akashi!Oreshi pediu ajuda ao Akashi!Bokushi). Depois de o Kise ter entrado no modo de cópia perfeita, a tensão foi crescendo mais, e mais, e mais, e não parava de crescer. Visivelmente isso foi algo planejado, o início do filme ser mais lento para crescer até o final, aonde você desaba. Mas ainda acho que aqueles 30 primeiros minutos poderiam ter sido mais bem aproveitados.


      Outra coisa que me incomodou um pouco no filme, foi o fato que o Nash e o Silva pareciam ser os únicos jogadores do Jaberwock. Nem sequer foi mencionado o nome dos outros companheiros de time, e nem foi dado uma maior profundidade á eles. Mesmo os dois principais do time. E mesmo sendo um time tão forte a ponto de ser páreo a Kiseki no Sedai, eles ficaram levemente ofuscados em alguns momentos. Mais uma coisa importante de ser ressaltada... Havia mais alguém com eles? Eram só os cinco e outros reservas no banco? Aliás, tinham reservas no banco? Foi bem pobre o destaque desse time.

      Mas, deixando os defeitos de lado, foi muito bonito ver o Kise se sacrificando pelo time. Mais ainda, foi inesperado ver o Murasakibara se sacrificando pelo time! Quando alguém poderia esperar que aquele gigante preguiçoso se esforçaria tanto para vencer uma partida? Bom, retiro o que disse. Ele não se esforçou pelo time. Se esforçou por si, ao ver um oponente mais forte que ele. Ainda assim, era inesperado. Na verdade eu imaginei que ele iria colapsar frente àquele desafio. Foi muito confortante e animador ver que não. Todos os personagens principais evoluíram no filme. Realmente, eu estava preocupada que não fosse haver um crescimento deles. Felizmente me enganei, e o autor do filme não me decepcionou. Parabéns, Tadadoshi Fujimaki.


      Mas acho que quem roubou mais as cenas foi o Akashi. Eu fiquei maravilhada com isso, por que ele é meu personagem favorito. Deu pra perceber alguns traços da personalidade dele com mais clareza, algo que eu senti falta na terceira temporada do anime. Quando ele trocou de lugar com o bokushi... Ah, meu coração parou. Comecei a querer gritar por causa do Emperor Eye. Sou apaixonada por aquele poder dele. E então chegou o Nash querendo botar ordem... E eu fiquei muito nervosa e ansiosa. Como aquele cara idiota que cuspiu na mão de um senpai no início do filme tem o mesmo poder que ele? Mas, como disse o Akashi, ele só tinha o poder. Não sabia usar. E o memento antes desse foi outro que eu quis chorar.

      Akashi se fundiu com a outra parte dele, quase como se fosse seu irmão gêmeo. Eu gostava muito de ver a mudança na forma de ver o mundo de cada um, e a diferença no modo de agir de cada um. Se algum dia houver um novo filme, isso não ocorrerá mais. E isso partiu meu coração. O time Vorpal Swords ganhou a partida, e mais um momento de euforia e felicidade, visto que o time adversário levou o que merecia. Até ter mais um momento mega triste, mas perfeito para o final da série. Kagami indo para a América do Norte para participar de um time, que seria sua porta de entrada para o NBA. Bom, isso era esperado e estava sempre lá, mas acho que não foram muitas as pessoas que perceberam antes dele contar.

      O filme é ótimo, cheio de altos e baixos. Traz emoção e faz você desejar por mais. O reencontro da Geração do Milagres foi épico, e deu foco para todos os personagens. Seria possível ter um filme para cada um, mostrando um ponto de vista diferente, de tanta profundidade que eles têm, e ainda assim, o autor Fujimaki conseguiu dar ênfase a todos eles, em um único filme. Os únicos pontos fracos foram o começo lento e a pouca profundidade dos personagens do time do Jaberwock – aliás, nenhuma profundidade. Nem sequer sabíamos o nome dos outros 3 jogadores titulares! Olha, isso foi chato.


      Mas ele cumpre seu papel. A tensão vai aumentando a medida que a hora passa até chegar na euforia, seguido por esse sentimento triste de “acabou”, mas com chave de ouro.

Conclusão: Ruim      Mediano         Bom    Muito bom     Excelente

Comentários

  1. eu só tenho uma dúvida, eu li um pouco do extra game no mangá, e não lembro de terem mencionado isso do kagami indo pra america, isso foi original apenas do filme??
    e por que o teppei nem se quer apareceu pra assistir o jogo? oq aconteceu com ele msm? não me lembro kk

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    Respostas
    1. Sim. Apenas no filme o Kagami viaja para o exterior, desculpe não ter mencionado isso no texto, eu não havia lido o mangá xD
      Sobre o Teppei, ele estava com o joelho muito machucado desde o anime. Se não me falha a memória, acho que teve um take do Kyoshi deitado na cama de um hospital no filme. Não apareceu nada sobre ele no mangá. Parece até mesmo que o filme foi mais completo... Bom, o próprio criador disse que o filme seria uma obra original, uma vez. Enfim.
      Muito obrigada pelo seu comentário Iago! Espero que você continue lendo o blog. Abraços!
      ~Luiza

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